4.11.09

História do cinema - Mónica


Foi no final do século XIX, em 1895, em França, os irmãos Louis e Auguste Lumière inventaram o cinema. Na primeira metade deste século a fotografia já havia sido inventada por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce, possibilitando esta criação revolucionária no mundo das artes e da indústria cultural: o cinema.

Para se chegar à projecção cinematográfica actual, muitos processos de investigação foram feitos em relação aos fundamentos da ciência óptica. Já vem dos primórdios da humanidade a necessidade de registrar movimentos através de pinturas e desenhos nas paredes. Há aproximadamente sete mil anos atrás, no oriente, os chineses já projectavam sombras de diferentes figuras recortadas e manipuladas sobre a parede, um jogo de sombras, próprio do seu teatro de marionetas. No século XV, Leonardo da Vinci realizou trabalhos utilizando a projecção da luz na superfície, criando a Câmara Escura, que era uma caixa fechada, possuindo um orifício com uma lente, local destinado a passagem da luz produzida pelos objectos externos. A imagem reflectida no interior dessa caixa era a inversão do que se via na realidade. Mais adiante, no século XVII, O alemão Athanasius Kirchner criou a Lanterna Mágica, objecto composto de um cilindro iluminado à vela, para projectar imagens desenhadas numa lâmina de vidro.

No século XIX, muitos aparelhos que procuravam estudar o fenómeno da persistência da retina foram construídos, este fenómeno é o que mantém a imagem em fracção de segundos na retina. Joseph-Antoine Plateau foi o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana, concluindo que uma ilusão de movimento necessita de uma série de imagens fixas, sucedendo-se pela razão de dez imagens por segundo. Plateau, em 1832, criou o Fenacistoscópio, apresentando várias figuras de uma mesma pessoa em posições diferentes desenhadas num disco, de forma a que quando se gira-se, elas passem a formar um movimento.

Criado pelo francês Charles Émile Reynaud o Praxinoscópio foi um invento importante para o aparecimento do cinema. Este aparelho era um tambor giratório com desenhos colados na sua superfície interior, e no centro deste tambor havia diversos espelhos. Na medida em que se girava o tambor, no centro, onde ficavam os espelhos, via-se os desenhos unindo-se formando um movimento harmonioso. Entre outros inventos, há o Cinetoscópio, inventado por Thomas A. Edison, que consistia num filme perfurado, projectado numa tela no interior de uma máquina, na qual só cabia uma pessoa em cada apresentação. A projecção precisava ser vista por uma lente de aumento.

Em 1890, Edison projecta diversos filmes do seu estúdio, entre os quais encontra-se “Black Maria”, considerado o primeiro filme da história do cinema. É a partir do aperfeiçoamento do Cinetoscópio, que o Cinematógrafo é criado pelos irmãos Louis e Auguste Lumière, na França, em 1895. O cinematógrafo era ao mesmo tempo realizador, copiador e projector, e foi considerado o primeiro aparelho realmente qualificado de cinema. Louis Lumière foi o primeiro cineasta a realizar documentários em curta-metragem na história do cinema. O primeiro realizado chamava-se “Sortie de L’usine Lumière à Lyon” (Empregados deixando a Fábrica Lumière), e possuía 45 segundos de duração. Neste mesmo ano de 1895, Thomas Edison projecta seu primeiro filme, “Vitascope”.

O americano Edwin S. Porter, apropriou-se dos estilos documentalista dos irmãos Lumière e os de ficção com uso de maquetes, truques ópticos, e efeitos especiais teatrais de Georges Méliès, para produzir “Great Train Robbery” (O grande roubo do comboio), em 1903, um modelo de filme de acção, obtendo êxito e contribuindo para que o cinema se popularizasse e entrasse para a indústria cultural.

A indústria cinematográfica actual é um mercado exigente e promissor para diferentes áreas do saber. Não são apenas os actores e actrizes que brilham nas cenas que são apresentadas a um público local e internacional, pois a realização de um filme precisa englobar uma equipa de trabalho.

Na construção e realização de um filme existem os seguintes profissionais: o “dramaturgo” que escreve a história e as narrativas dos personagens, ou melhor, os diálogos; o “director” que tem a função de coordenar, directa e indirectamente, o trabalho de todas as pessoas envolvidas com o filme, da concepção à finalização; o “director de fotografia”, um profissional de artes visuais com sensibilidade e competência para decidir como iluminar uma cena, que lentes serão melhores para determinados ângulos, o tipo de filme a ser rodado, entre outras atribuições; há quem seja responsável pela trilha sonora do filme, que é o “compositor musical”, ele é quem fica responsável por contribuir para o clima pretendido pelo director; O “produtor” é a pessoa ou grupo de pessoas que se encarrega de viabilizar a realização do filme, buscando patrocínios e parcerias, e ainda, tratando da parte burocrática que envolve toda a equipa.

Há também uma equipa de técnicos/especialistas que são fundamentais junto aos profissionais já apresentados, que são: o “técnico de efeitos especiais” cuja tarefa é realizar efeitos visuais e sonoros às cenas já filmadas, inclusive utilizando inserção de efeitos posteriores por computador; o “técnico de som”, que cuida dos diferentes microfones durante as gravações, cuidando para que só haja a captação do que se julgue essencial; o “operador de câmara” que fica responsável por focar os ângulos solicitados pelo director; e os “editores” ou “montadores”, que trabalham numa ilha de edição, juntos com o director ou orientados por um mapa organizado pelo próprio director, onde se encontra organizados as cenas, os sons, a banda sonora, entre outros parâmetros qualitativos e quantitativos de finalização do filme. Outros profissionais como coreógrafos, figurinistas, e maquinadores são essenciais em determinadas produções.



!!!!FeStIvAiS dE cInEmA!!!!

Festivais de cinema Actualmente realizam-se, por todo o mundo, festivais de cinema.

A realizar-se em Portugal, os mais conhecidos são:
Aroucafilmfestival -

O“aroucafilfestival” (Festival de Cinema de Arouca), teve o seu início a 28 Fevereiro de 2003, na vila de Arouca.

O evento teve como dinamizador o então estudante de cinema João Rita, o qual em sintonia com um grupo de amigos estudantes de cinema e dirigentes da A3, Associação Académica de Arouca, decidiram levar a cabo a iniciativa, a qual contou como parceiros a ESAP, Escola Superior Artística do Porto e a Associação Sport Rossas e Malta.

No arranque do festival arouquense foram projectadas seis obras em suporte digital e quatro obras em suporte cinematográfico película Super 8mm.

O 1º Festival de Cinema de Arouca teve a abertura com o filme “Percursos”, do arouquense João Rita, seguido dos filmes, “Foz do Gigante”, “O Caminho da Dor”, "Na Estrada Mais Velha do Mundo”, “Aldeia da Luz”, “Soajo”, “A Mulher”, “Abluere Tenebras”, “Verim” e “Borboletas”.

As obras projectadas estiveram sob a apreciação do sábio de cinema, o professor/realizador portuense Sério Fernandes, o qual decidiu que todas as obras deveriam ser premiadas de igual modo pela sua excelente qualidade.

O realce neste evento inédito por estas terras, vai inteiramente para toda a comunidade arouquense que com a sua motivante presença, soube acolher um evento pioneiro por estas bandas...

Em 2004 o 2º Festival de Cinema de Arouca decorreu nos dias nove e 10 de Outrubro de 2004 no cine-estúdio dos BVA.

Esta segunda edição, teve a particularidade de após recepção e selecção das obras, as mesmas terem sido inseridas pela primeira vez em categorias.

Estiveram a concurso quinze vídeos distribuídos pelas categorias de Documentério, Animação, Ficção, Experimental, e Vídeo-clip, no qual destacamos uma ficção de nacionalidade iraniana.

O primeiro dia, servira para a projecção e consequente avaliação dos júris. O segundo dia desenvolveu-se com a entrega dos troféus aos premiados, seguido da projecção de algumas obras em suporte película de super 8mm e a projecção da longa metragem “Balas e Bolinhos”.

Hoje o Festival continua a cargo do seu director, o cineasta João Rita.

DocLisboa -

O Doclisboa é o único festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado ao documentário. Em 2007, na sua quinta edição, o doclisboa apostou na capitalização do renovado interesse dos espectadores portugueses pelo documentário e conseguiu trazer às salas da Culturgest, do Cinema Londres e do Cinema São Jorge, um público muito numeroso e entusiasta. O documentário “foi assunto” e criou-se uma nova consciência da sua enorme riqueza, diversidade e potencialidades. O doclisboa apostou também na descoberta de novos territórios, na grande diversidade, e na vitalidade do cinema do real.

A sua organização está ao cargo da APORDOC (associação pelo documentário).

O Doclisboa trouxe a Lisboa cineastas como Rithy Panh (Cambodja), Nicolas Philibert (França), Elia Suleiman (Palestina), Mercedes Álvarez (Espanha), Ross McElwee (EUA), Amos Gitai (Israel), Vittorio de Seta (Itália), Alex Gibney (EUA), Jan Troell (Suécia), João Moreira Salles (Brasil), Lech Kowalski, Margreth Olin (Noruega) e Sandrine Bonnaire (França).

Em 2007, o filme de abertura foi o vencedor do Óscar para Melhor Documentário Taxi to the Dark Side, de Alex Gibney. Do seu programa, destaque para as actividades paralelas: masterclasses, debates, retrospectivas, encontros profissionais, acções pedagógicas, workshops, docs for kids e exposições.

33.000 espectadores | 150 filmes | 11 dias

Indie Lisboa -

IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa, é um festival de Cinema que decorre anualmente em Abril, em Lisboa.

Organizado pela associação cultural Zero em comportamente, com o objectivo de promover o cinema alternativo e apoiar a divulgação de filmes com uma menor projecção em Portugal, o IndieLisboa é, segundo dados objectivos homologados pelo ICA, o maior festival português de cinema, não só em número de espectadores (35.500), mas também no número de ecrãs utilizados (9), no número de sessões realizadas (265) e no número de filmes apresentados (226).

O IndieLisboa celebra em 2009 a sua 6ª Edição.


ESTORIL FILM FESTIVAL - 05 a 14 de Novembro de 2009


O Estoril Film Festival, com esta sua terceira edição, torna-se uma referência incontornável no panorama dos festivais internacionais e pretende, mais uma vez, celebrar o Cinema como verdadeira Sétima Arte, confrontando o seu passado, o seu presente e futuro e a sua relação permanente com as outras formas de expressão artística. Pretende ser um ponto de encontro entre o público, realizadores, conceituadas personalidades do mundo das artes e um palco permanente de discussão, reflexão, debate e, acima de tudo, um espaço onde se descubra ou redescubra a Arte Cinematográfica. Através das diversas secções – Em Competição; Fora de Competição, com a presença de grandes realizadores e actores internacionais; Retrospectivas; Homenagens; Master
Classes; Encontro Anual dos Distribuidores Europeus; Encontro das principais Escolas de Cinema Europeias; Cineastas Raros; CinemArt – os artistas e a arte cinematográfica; O Cinema e a Sua História; Exposições; Concerto - esperamos contribuir, definitivamente, para que o Estoril seja um ponto de encontro para o público, para os profissionais de cinema, jornalistas e para todos aqueles que esperam desfrutar das actividades propostas e enriquecer a sua ligação ao Cinema.